sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando baixa a maré


Ar, nesta linda tarde de verão
Tua lembrança é uma foto cinza
Que as ondas vão apagando
Que difícil desenhar teus rastros
Meio dia depois de partir

Ar, se seus olhos eram figos negros
Se os dentes gomos de limão
Não me lembro do formato de suas sobrancelhas
Nem se quer posso falar apenas
De outra coisa que não seja seu odor

A mente quando baixa a maré
Por puro instinto de conservação
Tenta queimar cada pista
Que deixa atrás o passo do amor

A mente quando baixa a maré
Mostrando a estrutura da dor
Ativa um mecanismo de defesa
Para que não se afogue o coração

Ar, me falta o ar
Nessa linda tarde de verão
Não consigo te descrever
Tua lembrança é uma foto cinza
Apenas de perfil
Que as ondas vão apagando

Ar, tento desenhar
Seus rastros quase já não posso ver,
Por mais que eu tente
Que difícil é reconhecer,
Com tudo o que amamos
Que não deixou apenas pistas

Ar, agora quando baixa a maré
E o naufrágio já é total
Que Pena...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Runaway



Eu tenho minhas coisas empacotadas
Meu travesseiro favorito
Tenho meu saco de dormir
Pular pela janela
Todas as imagens e dor
Eu deixei pra traz
Toda a liberdade e fama
Eu tenho que achar
E eu imagino
Quanto tempo vai levar para eles perceberem que eu fui embora
E eu imagino
O quão longe isso vai me levar

[...]

Eu sou muito jovem pra ser
Pra lidar com isso seriamente
Mas eu sou muito velha pra acreditar
Todas essas hipocrisias
E eu imagino
Quanto tempo vai levar pra eles perceberem que minha cama esta feita
E eu imagino
Se eu fui um engano

Eu acho que eu não tenho mais onde ir
Mas eu sei que eu não posso voltar pra casa
Essas palavras estão presas dentro da minha cabeça
Diga-me pra fugir antes que eu esteja morta
Siga os arco-íris dentro da minha mente
E eu vou tentar me manter viva
Talvez o mundo saiba algum dia
O Porque que você não me ajudou a fugir.
 
Isso não faz sentido pra mim
Fugir...

domingo, 21 de novembro de 2010

Sem legenda, serve?

Medo: a palavra chave.
Eu sempre tive medo dos meus planos não darem certo, de eu não ser alguém na vida.
Sempre tive medo de morrer esperando por algo que não poderia acontecer e medo de sonhar alto demais.
A maioria das pessoas dizem que sonho alto por planejar o que planejo. Sempre liguei mas não dando corda suficiente, tirei as conclusões que tirei quando EU parei pra pensar, EU coloquei tudo em pauta pra ver se estavam certos.
Ví uma pessoa que estudou pra caramba e que é hiper inteligente vendo seu sonho de ter um curso superior descendo pelo ralo.
Senti medo. Sim, senti medo porquê eu pretendo fazer algo bem mais difícil em um lugar muito mais concorrido, não quero que paguem nada pra mim quando a minha hora de correr atrás do que preciso chegar.
Vinte e sete pessoas por vaga, é muito se formos pensar em relação em alguma faculdade, mas não, é a faculdade mais concorrida do país.
Se não tenho capacidade de passar em uma prova simples de matemática, será que vou ter capacidade pra passar na frente de 27 pessoas pra conseguir o que tanto sonho?
Sempre existe o "vai dar certo". Mas e se não der? o que vou fazer?
Eu não sei.
Eu já choro e fico com calafrios de pensar nisso quase quatro anos antes, imagina na hora de colocar tudo o que vou aprender em exercício...
Pra piorar a única pessoa que me colocava pra frente tá estranha demais.
Sinceramente, acho que ela me vê como uma cruz, como a cruz que sempre tem que carregar nas costas pra fazer com que eu me sinta melhor, não quero ser vista assim, nunca, por ninguém.
Pararei de falar as coisas e guardarei elas só pra mim.
Se possível sumir, sumir por um tempo pra ver se é verdade quando diz que me ama ou se nem vai notar que sumi.
Não quero saber, é ponto final.
Que o mundo se exploda e serei uma pessoa mais frígida e auto-suificiente, nunca precisei de ninguém e não é agora que vou precisar por causa de um sentimento bobo.
O problema é que sou demais o que eu sou, não saou falsa e mostro quem eu sou, e até agora quando resolvi ser isso só tenho prejudicado, a solução é virar um personagem, alguém que eu não seja de verdade, já que mostrar quem eu sou pra todo mundo só me fode e me deixa infeliz.
Começarei á agir com a cabeça.
Começarei á não ser uma cruz pra ninguém.
Talvez mude de idéia, mas o que quero agora é me virar sozinha sem precisar de nada nem ninguém.
E faço isso agora sem rimas, sem juras, nem palavras bonitas porquê não é isso que passa na minha cabeça agora, tenho a garganta e pensamento seco pra ficar pensando demais em rimar e escrever coisas clichês e bonitinhas sobre o que sinto.
Chega, pelo ou menos por um tempo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Fly On the Wall

When you're naked in the shower
When you're sleeping for an hour
When you're big, when you're small
Oh, I wish I was a fly on the wall

When you're with her after midnight
When you kiss her in the dim light
When you break Barbie Doll
Oh, I wish I was a fly on the wall

Wanna see who you are
Every inch, every scar

From your head to your toes
I would be there
From your bed to your clothes
I'm in the air

When you think you're alone
I'll be down in the hall
I could see it, if I was a fly on the wall
What you do in your room
I could see it all
You undress, I wish I was a fly on the wall, yeah

For the drama that you're drinking
And the dark thought you are thinking
And the love notes that you scrawl
Oh, I wish I was a fly on the wall

Silently I arrive
You don't know I'm alive

t.A.T.u

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Disappear.

Sumir, é esse o meu lema.
Tenho preguiça das coisas
Tenho preguiça da família
Tenho preguiça dos amigos,
Tenho preguiça da escola,
Tenho preguiça dos professores,
Tenho preguiça do meu caderno,
Tenho preguiça do meu computador,
Tenho preguiça de escrever
Tenho preguiça de ouvir,
Tenho preguiça de dormir, de sair.
Tenho preguiça de ter preguiça.
Só não tenho preguiça de querer sumir.
Tenho medo de ter preguiça e tenho medo se sumir da única pessoa por qual não tenho vontade de largar e ela não ligar, não correr atrás.
Mas de qualquer forma, tenho preguiça de pensar no assunto.
Assim como tenho preguiça de parar e pensar melhor no que sinto e penso agora.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Qualquer coisa de amor.

Um dia, a gente se dá conta, e começa á entender
Do porquê o coração têm que parar de sofrer
E a gente sempre acha que ele vai parar de bater
Mas um dia, a gente se esquece de se esquecer

É engraçado como amar
Pode nos fazer viver e respirar
E depois de um tempo nos fazer sofrer, chorar, querer nos matar
Talvez algum dia possamos descobrir
Se existe alguma forma de se amar
Sem sofrer, sem chorar

Mas a vida é assim,
Horas flutuando no céu
E na outra caída no chão
E nós jamais vamos descobrir
Se nesse mundo há circunstância ou razão
Para se perder a noção
E depois despedaçar o próprio coração.

Ana María Pazian (11/11/2010)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aconteceu na MINHA vida.

A vida sempre nos traz coisas e pessoas que nunca esperamos nos momentos mais unisitados da vida, é como um milagre, um presente. Chegamos á não acreditar quando isso acontece, é como se tudo fizesse sentido, um mundo que era preto-e-branco, começa á ter cor pouco á pouco, ficar bonito e colorido e é como se estivéssemos tão acostumado com o preto-e-branco que, quando vemos as cores, nos sentimos iluminados, e o que antes era choro, se transforma em sorriso.
Mas na mesma intensidade em que a vida coloca tal dádiva na nossa vida, ela tira, nos leva sem a mínima explicação, e tudo volta á ser como antes, só que de uma forma pior. Os dias agora, além de preto e branco, são nublados, chuvosos e escuros.
A gente só quer dormir, chorar; para não ter que pensar, procura um refúgio, mas é em vão.
A pergunta que fica na cabeça é: "Porque?" ou "Justo comigo?", mas com o tempo, a gente se acostuma coisa a idéia e acaba engolindo.
Mas a vida, sempre nos trazendo quem não esperamos resolve tirar uma com a nossa cara, porque traz a mesma pessoa para a gente, só que de uma forma mais dolorida, de uma forma aonde a gente não pode ao mínimo dizer um 'oi' para a pessoa.
E quando a gente acha que se conformou, a gente chora e pensa na mesma coisa denovo, mas enfim, a pessoa aparece novamente.
A gente sorrí denovo, fica feliz, afinal, a vida trouxe quem a gente quer e merece mais uma vez, a mesma pessoa, mesmo que as coisas estejam diferentes e a pessoa esteja com outro alguém, só de poder conversar com ela e ver o quando ela está bem, porém verdadeiramente arrependida do que fez, a gente já se sente feliz também.
Mas depois de tudo se acertar, essa pessoa conversa com você, chorando, dizendo que as coisas com a outra pessoa não deu certo, e aí a coisa se complica, a gente não sabe o que dizer, ou pior: sentir. Não sabe se fica feliz, porque o caminho finalmente está livre para quem o outro merece, ou se fica triste por ver quem se ama tão triste daquele jeito.
E esse tudo o que existe aqui dentro, é capaz de nos mostrar o que uma pessoa pode passar.
E nesse momento, a gente sabe o que fazer, sabe que devemos ajudar a pessoa porque todo mundo merece uma segunda chance quando se está realmente arrependido do que fez e ninguém merece chorar por ninguém.
A gente perdoa e ajuda, afinal, tudo passa e isso é um sinal de que estamos vivos.
Talvez valha a pena, e o amor é sempre eterno, sempre fica guardado, por mais que não queiramos acreditar.

sábado, 6 de novembro de 2010

O perdão.

O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou restituição.
O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar.
O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Manipulável ou Não-Manipulável? eis a questão.

Todos nós de alguma forma, por mais que tentamos negar, somos influenciáveis e manipulada, por mais líderes que algumas pessoas sejam, em alguma coisa, algum detalhe, ela é manipulada com alguém ou algo. A maioria das pessoas que vejo, não estão sendo manipuladas por pessoas, e sim por suas próprias mentes.
Porque isso? porque tentar ser a pessoa perfeita?
Ninguém é perfeito, a perfeição é banal, extinta.
As pessoas vêem umas ás outras como feias, bonitas, estranhas, ignorantes e dizem serem normais.
Mas afinal, o que é ser uma pessoa normal, uma pessoa comum?
Será que realmente existe uma pessoa que se encaixe perfeitamente no padrão pedido pelas as pessoas? quer dizer, ninguém nunca é bom suficiente porque ou é saído demais, ou calado demais, ou chorão demais e outros artefatos.
Será que o fato de ser "uma pessoa normal" (sendo que se nunca é) não te torna uma pessoa manipulável, nem que seja pela a sua própria mente?
Pense nisso.
Revejam conceitos.
Não sejam máquinas.
E o mais importante: Não julgue por beleza, julgue por caráter, não basta ser apenas bonito, tente ser ao mínimo interessante :)

O que dizer? Só o som do silêncio me dói agora.


Já parecia não doer.
Já não me lamentava tanto mais, já estava quase engolido por todo o que senti quando nem ví um adeus.
Só não sei o que escrever, já que não me quer e da mesma forma, agora começou á cutucar com as minhas feridas.
Fica rondando as minhas coisas de forma em que eu possa ver, o que fazer?
Estou triste, mas ainda bem que não como antes.
Mas as minhas mãos gelam e meu coração bate de uma forma mais rápida e dolorida, não sei porquê isso acontece.
E acima de tudo, não sei porqueê agora você volta pra cutucar o que dói em mim.
Ma mesmo assim continuarei pensando e um dia ainda vou criar coragem para tentar falar com você.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

The Most Stranger Day.



Um dia escuro, eram quatro para as seis e ela realmente precisava sair.
Estava estranho, frio. Ela tinha medo, mas sai.
Quando dá o sue primeiro passo para fora do seu portão, ela vê todas as luzes apagada, é tudo completamente escuro, e o céu não está azul, de uma certa forma está roxo.
No caminho ela se distrai, ouve suas músicas e pensa no nada.
Na volta, enquanto ela passa todas as luzes se acendem, como se fosse um sinal. Tudo está tão úmido, tão frio... Nenhum ser conseguiria andar por aquelas ruas sem uma blusa de frio pra se aquecer.
Enfim ela chega em casa, e tudo fica bem, mas como se não bastasse, ela fica pensando no que acabou de acontecer. Vai passar.